Acadêmicos de Gestão Ambiental visitam Comunidade de Cajutuba
A turma do 3 º semestre do curso de Gestão Ambiental do Iespes, acompanhada pelo professor Darlison Nobre, realizou uma visita técnica, sábado (18), no assentamento Cajutuba II, localizado na região do Eixo Forte. A visita fez parte da disciplina Gestão Sanitária de Pequenas Comunidades.
O grupo fez um diagnóstico das situações que interferem na comunidade para, em seguida, propor sugestões de melhorias na região. “O objetivo foi desenvolver a percepção dos acadêmicos acerca dos meios físicos, biológicos e antrópicos, fazendo o diagnóstico dos fatores de riscos que influenciam direta ou indiretamente nos recursos naturais da comunidade, considerando a água, solo, ar e vegetação”, ressalta Darlison Nobre.
A partir da visita, segundo o professor, foi identificado que, por causa da retirada de agregados, utilizados em construções civis, das áreas mais altas que ficam em torno do assentamento, tornando o solo praticamente descampado, sedimentos são levados pela chuva para partes mais baixas, onde fica localizado o curso do igarapé, o que torna perceptível o assoreamento. Além disso, também fica visível na superfície da água a mudança na coloração, decorrente de uma determinada quantidade de ferro advinda dos sedimentos.
Outra situação verificada, de acordo com ele, foi a melhora na parte de saneamento, relacionado a questão da água. “Antes eles utilizavam a cacimba [cova aberta em terreno úmido ou pantanoso], como um dos locais de retirada da água. E agora eles já tem um poço artesiano, e isso facilitou a vida deles. Então significa que melhorou um pouco mais para os comunitários com relação a doenças”, afirma.
Os acadêmicos conheceram a forma de vida dos comunitários, e algumas opções de renda deles. O líder comunitário, Charles Dawson, realizou uma palestra sobre o contexto histórico do local. Ele falou sobre a construção da comunidade, que se formou através dos antigos indígenas e que, ao longo do tempo, foi dando lugar aos pescadores que moravam próximos à margem do igarapé do Juá, se deslocando de lá para a parte de terra firme. As famílias foram aumentando e começaram a trabalhar mais na agricultura de subsistência da comunidade.
Após ter feito o diagnóstico do local, a turma vai se reunir para discutir sugestões que podem ser trabalhadas na comunidade. As sugestões serão levadas ao presidente da comunidade e, a partir da aceitação, o professor e os alunos vão realizar uma intervenção ambiental, como por exemplo, levar orientações sobre como manter a qualidade da água, e sobre fatores que podem interferir negativamente no poço.