Alunos de Fisioterapia realizam primeira intervenção do PI na escola
Os alunos do 3º semestre noturno do curso de Fisioterapia do Iespes realizaram, ontem, 16, a primeira intervenção do Projeto Interdisciplinar (PI) sobre desvios posturais na escola Pedro Álvares Cabral. A turma se dividiu em grupos para realizar palestra educativa, avaliação postural, peso da mochila e avaliação da pisada com alunos do 9º ano da escola.
O PI da turma tem como tema: "A incidência de Desvios Posturais nos Adolescentes da Escola Pedro Álvares Cabral". O professor Marcos Fábio Ribeiro, orientador do projeto, acompanhou a ação.
Na palestra educativa, as acadêmicas Alana Canto, Tânia Raquel Nogueira e Thalissa Rattes falaram sobre os cuidados para não ocasionar problemas na coluna vertebral e orientaram os adolescentes quanto ao uso da mochila, a pisada, os tipos de sapatos, a importância da postura correta para sentar na cadeira, entre outros assuntos relacionados ao tema.
Raquel Nogueira diz que os tipos de pisada que os adolescentes têm podem desencadear uma postura incorreta, e a escolha dos sapatos interferem nesse processo. “Às vezes os pais compram um sapato com numeração maior para não perder logo, então o filho acaba adaptando o pé nesse sapato grande e pisando de forma incorreta, o que acarreta um desvio na coluna pra completar aquela falta”, explicou. Segundo ela, o sapato precisa ser adequado ao formato do pé, dependendo de sua forma, se é gordo, “chato” ou se tem curvinha.
Quanto ao uso da mochila, a acadêmica afirmou que seu peso precisa ser de 10% do peso do aluno. Caso ele precise carregar uma quantidade maior, é preciso que o peso seja dividido, metade na mochila e a outra metade no braço, junto ao corpo.
Ela explica o porquê: “Se o aluno coloca um peso a mais, ele terá que jogar o corpo para frente para poder ter equilíbrio pra carregar a mochila. Se ele sempre fizer isso, com o passar do tempo, pode desenvolver uma hipercifose, ou se carrega mochila só de um lado, vai desenvolver uma escoliose, e isso pode acarretar sérios problemas na vida adulta dele”. E continua: “O trabalho que fazemos aqui é em relação à educação dos alunos quanto ao uso correto da mochila para que eles não tenham esse comprometimento na vida adulta”.
Preocupados com estas questões, os acadêmicos realizaram as avaliações para verificar possíveis desvios da coluna. O acadêmico Allex Freitas relatou que as avaliações foram feitas tomando como base um semáforo. “Identificamos com um selo verde quem não tem nenhum tipo de desvio; amarelo, quem já tem um leve desvio postural; e vermelho, quando já tem bastante desvio postural, como lordose, cifose, ou outros tipos de desvio”.
Na verificação da pisada de cada aluno, os tipos são divididos em neutro, pronado ou suplinado, como explicou a acadêmica Bruna Azevedo. “Neutro era o que esperávamos encontrar, que é o adequado. Já o pronado e o suplinado são formas que a gente não esperava encontrar, porque trazem deformidades nas pernas e dores na vida adulta”, citou.